Três dias depois, Nina estava em pé na sala de estar da casa dos Russo, sendo medida por uma mulher italiana de meia-idade que não parava de murmurar em italiano enquanto passava a fita métrica por seu corpo.
— Você é magra — a costureira, que se apresentara apenas como Signora Lucia, beliscou a cintura de Nina. — Isso é bom, pois o vestido ficará perfeito.
Nina permaneceu imóvel, os braços estendidos, sentindo-se como uma boneca sendo preparada para exibição. Sua mãe observava do sofá, as mãos nervosamente entrelaçadas no colo. Seu pai, previsivelmente, estava ausente — provavelmente em algum bar, afogando a culpa em álcool.
— Que tipo de vestido será? — Nina ousou perguntar.
Senhora Lúcia sorriu.
— O Don especificou elegância, mas nada que chame muita atenção.
Claro.
Porque Matteo não queria que ninguém prestasse muita atenção na noiva que ele estava essencialmente comprando.
— Posso ver um esboço?
— Não — A mulher disse alegremente. — O Don quer surpresa. Mas não se preocupe, que