O aroma de café recém-passado se espalhava pelos corredores da mansão Vellardi como um convite silencioso para um novo dia. Pão assado, frutas cortadas com precisão quase cirúrgica, suco de laranja espremido na hora, flores frescas em um arranjo central que mudava todos os dias, como se a rotina fosse uma arte cuidadosamente ensaiada.
Mas não havia nada de rotineiro naquele ambiente. A mansão era bela, sim. Rica em detalhes, sim. Mas também carregada de silêncios. De ausências. E, naquela manhã, carregada de tensão.
Isabella desceu as escadas como quem entra em um campo de batalha. Os passos eram leves, mas o coração pesava. Não havia dormido. Ou, se dormira, não foi o bastante para apagar as palavras da noite anter