O sol já se escondia por trás das colinas, pintando o céu com cores que pareciam ter saído diretamente do coração de um artista apaixonado. Eram tons de laranja queimado, rosa suave e dourado líquido que tocavam a copa das árvores, os campos da fazenda e até mesmo a madeira gasta do alpendre, que agora parecia brilhar com um certo ar de saudade.
O cheiro de terra molhada misturado ao perfume doce das flores silvestres criava uma atmosfera quase sagrada, um instante suspenso no tempo, onde tudo parecia mais leve, mais real, mais verdadeiro.
Lorenzo caminhava devagar pelo quintal, como se cada passo precisasse ser pensado com cuidado. Carregava no peito um peso doce, difícil de explicar. O tipo de peso que só o amor sincero, profundo e transformador pode trazer. Os ol