No dia seguinte ao noivado, Nicolas chamou o pai adotivo de Charlotte para uma conversa particular.
— O senhor está passando sua filha para um casamento? — perguntou Nicolas, o tom calmo, mas firme.
O homem ajeitou a gravata e respondeu, sem titubear:
— Não, senhor Harrington. Nós assinamos um contrato. E ela aceitou.
Nicolas arqueou uma sobrancelha, desconfiado.
— Aceitou? Pois eu vi a tristeza nos olhos dela.
O pai respirou fundo.
— Ela tinha um namorado… do interior. Acreditava que se casaria com ele. Mas o contrato já estava assinado quando isso aconteceu.
Nicolas fechou a expressão.
— Isso muda tudo. — pausou, medindo as palavras. — Vocês estão forçando Charlotte a um casamento. E quem me garante que ela não vai atrás desse namorado no futuro?
— Ele foi embora. — o homem rebateu rapidamente. — Não está mais aqui. Mudou-se para outro país.
Nicolas inclinou-se para trás na cadeira, em silênci