41. UNIDOS CONTRA TODOS
Um sentimento de ciúmes apoderou-se de Daniel, mesquinho e amargo. Ele lembrava dos momentos que havia compartilhado comigo, dos beijos trocados, do carinho que eu lhe havia mostrado, tão parecido com o que agora entregava a Ilán, perguntando-se por que não me havia tomado para ele ao invés de seguir o plano de sua tia. Era uma pergunta que o fazia sentir-se um idiota. Ilán, por sua parte, não havia deixado passar o modo como Daniel me observava.
— Ontem à noite —respondeu sucintamente Ilán. Conhecedor do engano que havia perpetrado, fazendo-se passar por ele para me cortejar e roubar-me. Daniel viu como sua expressão se endurecia, o que fez com que deixasse de me observar e olhasse para Eleonora.
— Olha só quem apareceu. Eleonora, quando você chegou? —Daniel se aproximou rapidamente, tentando disfarçar sua perturbação.
Eleonora, que havia estado se irritando pela situação do café da manhã, virou-se para Daniel com um sorriso elegante e calculado, sem demonstrar sua frustração d