POV Isadora Ferraz
A noite chegou abafada. A mansão parecia ainda mais claustrofóbica depois do almoço com Célia. O veneno dela ainda corria pelas minhas veias como um lembrete: a guerra é diária, mas a vingança é uma vez só, e tem que ser perfeita.
Mandei mensagem para Olivia.
Isa: Preciso sair. Urgente.
Oli: Já tô te esperando. Caio também. Bar discreto, mesmo esquema. Sem imprensa, sem flash. Só aliados.
Falei que ia sair pra “espairecer a cabeça” e deixei a mansão pela garagem dos fundos. Rafael estava na sala, assistindo algum programa policial com um sorriso entediado. Ele me lançou um olhar de lado, mas não disse nada. Ainda.
O bar era pequeno, escondido, com música ambiente e pouca luz. Olivia me abraçou forte. Caio já estava na mesa, com o tablet na mão.
— E então? — ela perguntou. — O inferno particular continua?
— Pior. Agora tem um novo demônio no jogo. Rafael.
— Sabíamos que eles iam apelar, mas isso... — Caio balançou a cabeça. — Isso é doentio.
— E vocês? Como ficou o e