Elena RossiEu não sei quanto tempo dormi. Talvez uma hora, talvez nenhuma.O balanço do mar me embalava num quase-transe, mas a mente não descansava. As vozes voltavam em fragmentos, Lara, o contrato, as regras, Sophia no hospital e o nome dele repetindo dentro da minha cabeça como uma maldição: Damian Cavallari.Quando um som suave de três batidas discretas na porta, me arrancou da cama, o coração disparou.Levantei devagar, ainda com o corpo pesado. A luz dourada da tarde filtrava-se pelas cortinas de linho, banhando o quarto numa calma mentirosa.Abri a porta.Um homem de terno escuro, provavelmente um dos seguranças do iate, estava parado ali. O rosto impassível, os olhos baixos, sem me encarar diretamente. Nas mãos, segurava uma caixa preta, envolta por uma fita de cetim vermelha.— Entrega para a senhorita Rossi. — disse apenas.Assenti, sem entender.Peguei a caixa. O peso era leve, o perfume que saía dela, inebriante, notas de lírios e âmbar, delicadas e provocantes. Antes q
Ler mais