Elena Rossi
O ar ao redor parecia mais denso depois da resposta de Damian. Aquela frase ainda vibrava no salão como o som abafado de um trovão. O homem robusto que se chamava Bianchi, não disse mais nada, mas seu sorriso desapareceu como se alguém o tivesse apagado com a mão.
Damian manteve a postura tranquila, enquanto sua mão ainda permanecia firme na minha cintura, e o corpo alinhado ao meu como se mandasse no espaço ao redor. Não era afeição. Era uma posse disfarçada de cuidado.
Antes que o silêncio se desfizesse, duas figuras se aproximaram. Pareciam empresários, jovens demais para serem subestimados, velhos demais para serem imprudentes.
O primeiro deles sorriu quando seus olhos pousaram em mim. Era um sorriso apreciativo, calculado, perigoso.
— Cavallari… — disse ele, inclinando levemente a cabeça — devo admitir que esta noite você surpreendeu o salão. A senhorita é… deslumbrante.
Senti o calor subir ao rosto, mas antes que eu pudesse agradecer ou me encolher, Damian falou:
— E