Os dias seguintes estabeleceram uma rotina estranha.Raia acordava com comida fresca já esperando em sua mesa pão ainda morno, frutas que não deveriam existir naquelas montanhas áridas, água cristalina que tinha gosto de nascente pura. Ela nunca via Kael trazendo essas coisas, mas de alguma forma, sempre apareciam.Durante o dia, ele a evitava.Não completamente era impossível evitar alguém quando viviam na mesma fortaleza mas ele mantinha distância calculada. Respondia perguntas com monossílabos. Desaparecia por horas em partes da fortaleza que Raia ainda não explorara.E todas as noites, sem falta, ela acordava com aquele rugido distante.O dragão, circulando a fortaleza como um guardião solitário, antes de desaparecer nas profundezas das montanhas.E todas as noites, Kael não estava lá.No quarto dia, a inquietação estava corroendo Raia por dentro. Seu tornozelo estava melhor ainda doía, mas ela conseguia andar sem mancar tanto. E a solidão, o silêncio, o mistério de tudo aquilo
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