Ele deu um passo lento em sua direção, e o chão parecia tremer.— Você está bem? — A voz dele era grave e rouca, com um sotaque russo profundo, e ressoou em sua espinha como um comando, uma carícia perigosa. — Você está ferida? — A voz dele era agora mais controlada, parecia ainda mais rouca e sensual.— Não... eu... — Ária gaguejou, incapaz de desviar o olhar do brilho ameaçador dos olhos cinzentos.A atração era instantânea, uma corrente elétrica que ignorava o perigo. Ela a fez esquecer de tudo, o sequestro, o desemprego, o mundo em ruínas. Era irracional.Ele deu um passo em direção a ela, e Ária recuou instintivamente, mas seus instintos estavam confusos, gritando em direções opostas. Metade dela gritava para fugir do perigo; a outra, para se aproximar da beleza incomum e proibida.Ele parou, o olhar cinzento vasculhando seu rosto. Por um momento, ele pareceu prestes a tocá-la, mas hesitou, a mão enluvada pairando no ar.— Da próxima vez, não ande sozinha à noite. Esta cidade...
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