PRIMEIRO DIA DE BABÁ Eu aceitei o contrato, concordei em morar na casa e trabalhar de segunda a sábado. —Mas, ao olhar para os três — três crianças lindas, inteligentes, sapecas, traumatizadas e cobertas de tinta até nas orelhas — uma pergunta ecoou dentro de mim: — Como eu, Brenda Lemos Maia, vou conseguir ser babá de três anjinhos que… não são exatamente anjinhos? — Respirei fundo e disse a mim mesma: — Vai, Brenda, você consegue, se Deus te trouxe até aqui, é porque você é capaz. — Bati palmas suavemente: — Certo, crianças… vamos conversar. — Eles pararam imediatamente, os três virando para mim ao mesmo tempo, como um trio sincronizado, igual a passarinhos que escutam um barulho novo. — Vocês pegaram a tinta de vocês e deram um banho na babá, não foi? — Siiim! — eles responderam, muito felizes para quem acabava de cometer uma tentativa de homicídio por pintura. — Ok… — respirei fundo. — Vocês gostam de tinta, não é? E gostam de pi
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