Sage— C-, C-, Cassius... D-, Deusa s-, seja louvada! — Meus dentes batiam com tanta força que minha mandíbula doía, tornando difícil falar. Mas, apesar do frio que congelava os ossos, meu coração se aqueceu ao vê-lo. — P-, p-, por favor... me ajuda!— Ah, passarinha, o que foi que você fez? — Ele estalou a língua, fechando a porta da cela atrás de si.O tom dele era quase alegre, e havia um brilho animado nos olhos que fez meu estômago despencar de nervosismo. O Cassius gentil, aquele que sempre tinha um sorriso fácil pra mim, tinha sumido. Meus olhos correram pelo espaço minúsculo, procurando desesperadamente algum lugar pra me esconder, mas não havia nada, só um quarto de concreto, frio e vazio.— N-, nada... — Gaguejei, me encolhendo até o canto mais distante. — Eu juro!— Isso não é verdade, é? — A calma na voz dele contradizia a violência que borbulhava logo abaixo da superfície, prestes a explodir. — Eu não quero machucar você, passarinha. Mas vou ter que fazer isso se não me di
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