Ele a amparou, vestiu-lhe um roupão e desceram juntos. A chuva tinha parado, o ar ainda cheirava a terra molhada, ele a carregou até o carro, ela disse que parecia estar piorando, foi gemendo de dor, sentindo as contrações. No hospital, Dom correu com os documentos, deu a entrada e, assim que chamaram, Marvila foi encaminhada para avaliação. No exame, a bolsa estourou, o líquido amniótico estava sujo de mecônio. A equipe decidiu por cesariana de emergência. Prepararam ela sozinha.No centro cirúrgico, o movimento era firme e calmo. Marvila recebeu a anestesia e, enquanto a equipe terminava de a preparar, Dom entrou todo vestido, pálido, com os olhos cheios de aflição.— Eu… eu não vou conseguir assistir. — disse, quase chorando, com a voz falhando. — Me perdoa.Ela engoliu o choro, assentiu devagar.— Tudo bem. Vai ficar tudo bem. Não estou mais com dores.A anestesista, num tom leve, tentou desanuviar:— Fica tranquila, viu? Muito homem forte desmaia aqui. A gente cuida de todo mund
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