Marvila assentiu bastante chateada, Dayenne suspirou emotiva, o choque da revelação de Marvila ainda a perturbava. Ela sabia que precisava acalmar a cunhada e, ao mesmo tempo, prepará-la para a complexidade da dor de Dom.
— Marvila, você precisa me prometer que vai respirar fundo e não vai se desesperar com o que eu vou te contar. — disse Dayenne, apertando a mão dela.
Marvila assentiu, com os olhos cheios de apreensão. Dayenne pegou folego:
— É sobre a falecida esposa do Dom!
— O que aconteceu com ela, Day? — Perguntou Marvila.
— A Ana sofria de depressão profunda, Marvila. Por longos anos. E isso... isso acabou desgastando demais o casamento.
— Dom tentou de tudo, mas a doença dela era avassaladora. Ele sofreu muito, sentiu-se incapaz de a ajudar.
Dayenne fez uma pausa, com a voz falhando ligeiramente.
— E no meio de tudo isso, eles perderam um bebê. De oito meses. Foi natimorto. O Dom... ele estava no auge do sofrimento dele e não conseguiu lidar com a dor da Ana, com a própria