Dom pegou o celular para dar as notícias.
— Vou avisar a minha família que ela chegou. Elas estão ansiosas. — disse ele, com a voz baixa.
Marvila assentiu, observando-o.
— Manda foto, pra sua irmã.
Ele estava diferente. Não era mais o homem intenso da banheira ou o protetor desesperado. Era... contido, calado e distante.
Dom fez algumas ligações rápidas. Os diálogos eram breves, formais, apesar do motivo ser o nascimento da filha.
Ele desligou e virou-se para Marvila, mas seus olhos não se fixaram nela.
— Todos ficaram muito felizes. Querem vir visitar, em breve.
Marvila forçou um sorriso, mas a pergunta que a assombrava saiu, quase um sussurro.
— Dom... você... você contou a sua irmã, que ela, não é sua?
Ele levantou a cabeça bruscamente, como se tivesse levado um choque.
— O quê? Claro que é minha, Marvila. O que é essa pergunta?
— Eu sei lá... — Ela desviou o olhar.
— Você não... Não está me olhando nos olhos. Não fala sobre a gente, sobre o futuro. Você nem falou que a gente vai