A temperatura estava caindo, o vento leve, trazendo cheiro de terra molhada, Marvila, com os olhos ainda marejados de emoção pelo jardim, segurou a barriga e caminhou entre as mudas. Gostou muito das margaridas e lírios, ainda estavam nas bandejas, esperando um lugar para morar.
Ela não resistiu, ajoelhou-se no chão com certa dificuldade, apoiando-se nos joelhos, e começou a mexer na terra úmida com as próprias mãos.
Havia um brilho nos olhos dela, algo entre encantamento e gratidão, calmaria. Dom, que observava a poucos passos de distância, cruzou os braços e balançou a cabeça, disfarçando um sorriso. Seu rosto negro refletia a ternura.
— Marvila… — disse num tom que misturava carinho e repreensão.
— O médico falou pra você descansar, lembra? Vá deitar, por favor.
Ela o olhou por cima do ombro, com o rosto iluminado pelo sorriso sincero. Os cabelos loiros caíram suavemente. Ela respondeu:
— Só um pouquinho, por favor. Eu prometo! Quando a bebê nascer, eu vou passar muitos dias deitad