Narrado por Henrique Ao chegar ao meu bairro, e descer do carro, de repente, uma garota inesperadamente esbarrou em mim e quase caiu. Só não caiu porque a segurei.— Ei, cuidado, garotinha, não olha por onde anda não?! — disse firme, olhando para ela. Era uma jovem oriental, linda e de olhar marcante. Ao tocá-la, estranhei não sentir aquele incômodo chato que normalmente sinto ao tocar alguém. Quando olhei nos seus olhos amendoados, vi medo e um pouco de admiração. Pensei comigo mesmo: “será que estou ficando louco?”Sabia que as garotas da idade dela costumavam ser malucas, mas a maioria tinha medo de mim. Irritado, segurei seus braços e perguntei:— Garota, para onde está indo com tanta pressa? Está sozinha? Fala a minha língua?Ela não respondeu, apenas se desvencilhou e saiu correndo. Surpreso, achei que devia estar assustada. Tentei chamá-la:— Ei, espera, garotinha, para onde está indo?Mas ela não me ouviu e seguiu correndo. Pensei em ir atrás, mas desisti. Não conseguiria a
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