— Precisamos voltar ao posto de saúde.— Não precisa, Isa… Sera encolheu os ombros, com um olhar resignado. — É só uma gripe. Logo vai passar.— Não está passando. E eu já não posso esperar mais.Com um olhar rápido, examinei a carteira: vi quatro notas amassadas, além de moedas soltas no forro. O boleto da conta de luz estava ali, também, com a frase “última chance” sublinhada em vermelho. O armário, quase vazio, e a geladeira que só refletia eco, deixaram claro que a situação não estava boa.— Escuta, faz assim. respirei fundo, decidida. — Hoje você vai ficar em casa. Não suba escadas, não desça, não saia. Qualquer sinal de tontura, me liga.— Mas você vai pra onde? perguntou Sera, com uma expressão preocupada.— Vou atrás de emprego.Ela abriu a boca como se fosse dizer “descanse”, mas engoliu as palavras. Sabia que, na situação em que estávamos, descansar era um luxo que não podíamos nos permitir.Deixei um copo de água e o oxímetro na mesa de centro.— Se sua saturação cair aba
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