LaísO sol entrou pelas frestas da cortina e me acordou devagar, junto com o cheiro de café fresco. Eduardo ainda dormia ao meu lado, o braço pesado em volta da minha cintura, respiração calma, um leve sorriso nos lábios. Toquei seu rosto com a ponta dos dedos, e ele abriu os olhos preguiçosos.— Bom dia, esposa. — disse, a voz rouca e suave.— Bom dia, marido. — respondi, rindo do jeito como aquela palavra soava nova, mas já parecia antiga.Antes que pudéssemos nos perder em outro beijo, a dona da pousada bateu na porta e entrou com uma bandeja generosa. Café preto, bolo de fubá, pão de queijo, frutas frescas. Ela apoiou a bandeja na mesinha, piscou para nós dois e disse:— Vocês precisam de energia, viu? Lua de mel em Santa Amora pede reforço.Eduardo soltou uma gargalhada, enquanto eu escondia o rosto nas mãos, envergonhada. Ele agradeceu e, quando ficamos sozinhos, ainda provocou:— Acho que estamos denunciados.Tomamos café na varanda, dividindo pedaços de bolo e goles de café. O
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