Ela abriu a boca para protestar, mas as palavras morreram quando ele inclinou o rosto, aproximando-se o suficiente para que ela sentisse o hálito quente, marcado pelo próprio desejo. A proximidade era sufocante, perturbadora, como se não houvesse ar suficiente no corredor para os dois.— Eu odeio este tipo de maquinação, Paloma — murmurou César, os olhos fixos nos dela, negros e intensos.— Eu que o diga... — conseguiu responder, embora a voz tivesse saído fraca, quase trêmula. A proximidade dele era um golpe contra todas as suas defesas.Ele não lhe deu mais tempo para pensar, nem para erguer muralhas de orgulho.— Só uma coisa me interessa agora.E então, antes que ela pudesse recuar, ele a pegou pelo quadril, puxando-a contra si. O gesto foi bruto, urgente, e a boca dele colou na dela como se fosse a única forma de sobreviver. O beijo não teve hesitação: foi feroz, desesperado, carregado de algo que palavras jamais conseguiriam traduzir.Paloma tentou resistir nos primeiros instant
Ler mais