Capítulo 5 Narrativa de RB Acordei com um gosto amargo na boca e a cabeça pesada, como se tivesse bebido uma garrafa de cachaça barata. A luz do sol invadia o quarto sem pedir licença, iluminando o caos da madrugada passada. Meu corpo doía. Eu estava assado, sensível, como se tivesse sido espremido até a última gota. Olhei pro lado. Mirtes dormia nua, esparramada, com as pernas abertas e o lençol jogado de qualquer jeito no canto. O corpo dela todo marcado — o braço roxo de tanto eu apertar, as coxas vermelhas, o pescoço arranhado como se um gato tivesse pulado nela. Me sentei devagar, sentindo o peso da noite anterior bater de frente com a lucidez da manhã. Encostei as costas na cabeceira, passei a mão no rosto e respirei fundo. Aquilo não era normal. Eu era um homem de tesão, sim, gostava de sexo forte, pegado, mas o que rolou ali... foi bizarro. Selvagem demais, doentio. Tava com a rola ardendo, inchada, e o cheiro do quarto era um misto de suor, sexo e perfume barato. Olhei
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