Na manhã seguinte, Mila acordou com um peso quente sobre os pés.Abriu os olhos devagar e levou alguns segundos para entender que Toto tinha decidido que a cama era território dele também.— Você não tem limites, né? — murmurou, tentando mover as pernas.O cachorro abriu um olho, deu um suspiro cansado e voltou a dormir, como se dissesse que o dono da casa era ele.Mila riu sozinha.Levantou devagar, enrolando o cobertor sobre os ombros.O piso estava gelado, mas o peito não.O peito, pela primeira vez em muito tempo, estava só… calmo.A cozinha cheirava a café e a lavanda que ela tinha pendurado pra secar.Enquanto a água fervia, Mila se pegou olhando a sala pintada — a parede clara que, dias antes, parecia um projeto bobo.Agora, parecia uma pequena vitória.Ela tinha ficado.E tudo, até o cachorro estirado no tapete, era prova disso.Quando sentou à mesa com a caneca fumegante, o celular vibrou.Número internacional.Por um instante, pensou em não atender.Mas respirou fundo e pass
Ler mais