Sarah continuou bebendo seu café, serena, como se não tivesse acabado de entregar um manual de métodos de tortura disfarçados de chá da tarde.Um dos homens da mesa, ainda com expressão intrigada, perguntou:— Então, qual dessas ideias você acha que devemos usar primeiro?Ela ergueu os olhos verdes e, com um sorriso tranquilo, respondeu:— Vocês podem esperar eu terminar o meu café, não podem? Enquanto isso, vocês discutem entre si. Escolham qual dessas coisas vão querer fazer… ou se vão querer fazer mais.Vitório riu baixinho diante da calma dela, mas Sarah apenas acrescentou:— Se precisarem de mais criatividade depois eu digo. Mas primeiro, deixa eu comer, porque eu estou com fome.Matteo e Enzo trocaram olhares, balançando a cabeça como se dissessem “essa cigana…”, enquanto ela cortava um pedaço de pão como se estivesse falando de receitas de sobremesa.Enquanto Sarah saboreava o café, ignorando propositalmente a movimentação a

Assim que Sarah saiu, os olhares se voltaram uns para os outros. O silêncio durou alguns segundos, apenas o som dos talheres e do café sendo servido.Vitório foi o primeiro a falar.— Ela não fala por falar. Se a Sarah propôs o irmão dela como subcapo, é porque ela já pesou cada risco e cada vantagem.Mateu deu um meio-sorriso.— E ela tem razão, Vitório. O Baran já provou que não é só um cigano que sabe atirar. Ele pensa rápido, sabe agir sob pressão e, acima de tudo, não teme sujar as mãos.Enzo, ainda com a xícara na mão, assentiu.— E o fato de ele estar aqui pelas irmãs é a garantia que precisamos. Ninguém protege com mais ferocidade do que um homem defendendo a própria família.— Então está decidido — concluiu Vitório. — Mas antes, precisamos deixar claro as regras. O posto de subcapo não é apenas um título. É uma posição de confiança, mas também de responsabilidade. Ele vai responder a você, Enzo, mas qualquer movimento maior va