O retorno ao pequeno apartamento no centro da cidade foi surreal. Do lado de fora, São Paulo rugia, uma besta de concreto e luz que nunca dormia. Do lado de dentro, o silêncio era preenchido por três respirações e o peso do que haviam acabado de fazer.Lara abriu a porta, e o alívio em seu rosto ao ver que estavam de volta, inteiros, foi palpável. Ela abraçou Marina com força, um abraço que dizia tudo o que as palavras não conseguiam.— Você conseguiu. Meu Deus, Mari, você conseguiu — sussurrou Lara, a voz embargada.— Nós conseguimos — corrigiu Marina, a adrenalina começando a dar lugar a uma tremedeira exausta. Ela olhou para Gabriel, que fechava a porta e trancava as três fechaduras. — Ele me guiou o tempo todo.Gabriel deu um breve aceno de cabeça para Marina, um gesto de respeito que, vindo dele, valia mais do que qualquer elogio.— Você foi bem. Muito bem — ele disse, a voz baixa. — Manteve a calma sob pressão. Fez o que precisava ser feito.Eles se sentaram, o trio de conspirad
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