Isabel sentiu o calor do beijo de Patrick em seu pescoço, uma onda de sensações percorrendo seu corpo. Em vez de ceder, ela se desvencilhou do abraço com uma agilidade surpreendente, girando para encará-lo, os olhos faiscando com uma mistura de diversão e desafio. _ Uhm, uhm... Sr. Hawksmoor, ela disse, a voz ligeiramente ofegante, mas com um sorriso malicioso. _.Acho que minhas explorações me deixaram um pouco suada e... hum... suja. Preciso de um banho. E não, isso não é um convite. Com um último olhar provocante, ela se virou e praticamente correu para o banheiro, deixando Patrick na sala, rindo sozinho. Ele estava mais do que animado. A reação dela, a energia, o jogo de sedução, tudo isso era um sinal de que a Isabel que ele amava estava voltando. _ Corra o quanto quiser, Sra. Hawksmoor, ele murmurou para si mesmo, com um sorriso largo. _ Mas esta serra é pequena, e você não vai conseguir escapar de mim para sempre. Com a promessa implícita de uma noite divertida, Patri

O sol mal havia despontado no horizonte, mas para Ivan Petrov, a manhã prometia um novo tipo de satisfação. Já faziam algumas semanas que ele estava atrás de Lívia Rollsbrook, com o marido e o filho na cadeia, ela precisou administrar as contas. Quando fecharam o acordo com Ivan Petrov, ele pagou todas as dívidas da empresa, mas Fernando havia feito outros empréstimos, fazendo Lívia ter que se desfazer de alguns bens para poder quitar. Ela se desfez da mansão e do apartamento de Fernando, eram muito caros para manter e também foram os primeiros a receber oferta. Ela fugiu da cidade, não podia mais sustentar a vida luxuosa, decidiu mudar de ares. Ivan estava em um carro de luxo, dirigindo em direção ao interior, ao refúgio da casa de campo dos Rollsbrook, onde Lívia esperava, alheia ao destino que a aguardava. A paisagem rural, verdejante e serena, contrastava violentamente com a tempestade que Ivan trazia consigo. Ao chegar, o carro parou diante da imponente mansão campestre. Os

Depois do café da manhã tranquilo, a quietude da serra foi rompida pelo som de um veículo se aproximando. Uma van de entregas parou em frente ao chalé, e o motorista começou a descarregar caixas e mais caixas. Isabel, que estava na varanda com Patrick, observou a cena com uma crescente sensação de desconforto. À medida que os itens eram colocados no chão – um cavalete, uma caixa grande de tintas, telas de diferentes tamanhos, pincéis – ela percebeu o que estava acontecendo. Gerald e Amélia haviam enviado todos os materiais necessários para ela pintar no chalé. Um nó se formou em seu estômago. A ideia, que antes poderia ter trazido entusiasmo, agora apenas adicionava uma pressão silenciosa. Ela não disse nada, mas sua postura enrijeceu, e o sorriso que havia surgido no café da manhã se desfez. Patrick, que estava assinando o recebimento, percebeu a mudança no comportamento dela. Ele decidiu esperar, lidando com o entregador antes de abordar o assunto. Assim que a van partiu e os materi

Enquanto se aproximava de uma barraca, Isabel caminhava distraída, não percebeu a chegada do turista. _ Ora, ora, que flor mais linda, ele disse, com um tom inconveniente, os olhos fixos em Isabel. _ Perdida por aqui, sozinha? Posso te fazer companhia. Ele deu um passo mais perto, a mão estendida como se fosse tocar o braço dela. Antes que Isabel pudesse reagir, uma voz grave e furiosa cortou o ar. _ Acho que você está enganado. Ela não está sozinha, e não precisa de companhia. Sugiro que continue seu passeio. Patrick estava de volta, a garrafa de água na mão, os olhos escuros de raiva. Ele se postou entre Isabel e o turista, a postura protetora e imponente. O homem, pego de surpresa pela fúria repentina de Patrick, recuou, visivelmente constrangido. _ Ah, desculpe... eu não sabia..., ele gaguejou, antes de se virar e se afastar apressadamente. Isabel olhou para Patrick, que ainda o observava com um olhar de reprovação. Um sorriso lento e divertido se espalhou por seus lábios

No meio da madrugada, quando o silêncio do chalé era profundo e a lua lançava sombras alongadas pelos cômodos, Patrick cutucou Isabel suavemente. Ela gemeu baixinho, os olhos ainda cerrados, tentando se afundar mais no aconchego do colchão. _ Isabel, acorda, ele sussurrou, a voz carinhosa, mas com uma urgência suave. Ela resmungou algo ininteligível, tentando afastar a mão dele e virar para o lado. _ Patrick... muito cedo... quero dormir... Ele insistiu, beijando sua testa. _ Eu sei, meu amor, mas eu tenho uma surpresa para você. Você não vai querer perder. Sonolenta e confusa, Isabel finalmente abriu os olhos, encontrando o rosto sorridente de Patrick na penumbra. Ela ainda não entendia direito o que estava acontecendo, mas a animação dele era contagiante. Com um suspiro preguiçoso, ela se levantou, vestindo um casaco de lã quente e calças confortáveis que encontrou na mala. Patrick a fez calçar os tênis, garantindo que ela estivesse bem agasalhada para o frio da madrugada. Ele