Depois do café da manhã tranquilo, a quietude da serra foi rompida pelo som de um veículo se aproximando. Uma van de entregas parou em frente ao chalé, e o motorista começou a descarregar caixas e mais caixas. Isabel, que estava na varanda com Patrick, observou a cena com uma crescente sensação de desconforto. À medida que os itens eram colocados no chão – um cavalete, uma caixa grande de tintas, telas de diferentes tamanhos, pincéis – ela percebeu o que estava acontecendo. Gerald e Amélia haviam enviado todos os materiais necessários para ela pintar no chalé. Um nó se formou em seu estômago. A ideia, que antes poderia ter trazido entusiasmo, agora apenas adicionava uma pressão silenciosa. Ela não disse nada, mas sua postura enrijeceu, e o sorriso que havia surgido no café da manhã se desfez. Patrick, que estava assinando o recebimento, percebeu a mudança no comportamento dela. Ele decidiu esperar, lidando com o entregador antes de abordar o assunto. Assim que a van partiu e os materi