O ar dentro do templo era denso como o de uma cripta selada há séculos. O silêncio era quase absoluto, quebrado apenas pelo eco suave dos passos de Evelin sobre as pedras milenares. As colunas altas e arqueadas pareciam sustentar não apenas o teto, mas memórias enterradas, como se o próprio tempo tivesse parado ali.Luz não havia. E, ainda assim, ela via.As paredes do templo cintilavam fracamente, banhadas por um brilho que não vinha do sol, mas de inscrições entalhadas — runas que pareciam respirar, pulsar em ritmo com seu coração. Ao seu toque, algumas delas acendiam por instantes, revelando desenhos dos quatro elementos: uma montanha que sangrava fogo, um rio que se erguia contra o céu, um redemoinho dançando com folhas douradas e uma mulher de olhos brancos, envolta em chamas azuladas, como a da visão no riacho.Evelin avançou com cautela, mas sentia que não era mais apenas ela. Havia algo se movendo por dentro, acordando. Algo que reconhecia aquele lugar. Algo que esperava por e
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