Narrado por AvaA sala estava gelada, mas minha mão suava dentro da de Gregório.Eu odiava hospitais. Não pelo cheiro ou pelas lembranças. Mas pela vulnerabilidade. Sempre que eu entrava em uma sala dessas, era como se todas as minhas armaduras caíssem. E hoje, mais do que nunca, eu me sentia exposta.Gregório: Tá tudo bem?Assenti, mesmo sabendo que ele via o contrário nos meus olhos.A enfermeira nos chamou com um sorriso educado. Era jovem, olhos claros, cabelo preso em coque.Enfermeira: Prontos pra conhecerem melhor o bebê?Gregório apertou minha mão, me guiando pra dentro como se eu não fosse capaz de andar sozinha. Como se eu fosse feita de vidro. A parte mais irônica era que, no fundo, eu adorava isso. O jeito dele, sempre pronto pra guerra, sempre tão duro, mas comigo… ele era só homem.Sentamos na cadeira ao lado da maca, e eu me deitei. A enfermeira preparou tudo, colocou o gel frio na minha barriga e começou a deslizar o transdutor do ultrassom.O som preencheu a sala.Tum
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