O caminho de volta a Arkhadia parecia mais longo do que na ida. O silêncio entre os membros da comitiva não era de exaustão, mas de cautela. Cada passo ecoava como um presságio, e até os animais da floresta pareciam ter recuado para dentro das sombras.Clarice vinha à frente, a lâmina ancestral presa às costas — viva, pulsando com inquietação. O selo do Fôlego Ardente ainda vibrava em seu peito, e com ele, uma nova sensação: como se houvesse olhos onde não devia haver. Olhos escondidos sob peles conhecidas.Ares seguia ao lado dela, em silêncio, os dedos enluvados sempre próximos do cabo da espada. Desde que a Deusa falara com Clarice no acampamento, algo mudara entre eles. Uma urgência que não vinha da paixão, mas da sobrevivência compartilhada.Kaelen e Nara traziam Atrim, desacordado, entre eles. A cada hora que passava, sua expressão tornava-se mais pálida, mas a fumaça escura que saía de suas narinas havia cessado. Mesmo assim, Clarice não confiava em deixá-lo sem proteção. Vel F
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