O silêncio branco da Antártida não era silêncio. Era julgamento.Cada passo que dávamos na neve parecia ecoar dentro de mim como martelos batendo em portas esquecidas. O vento não gritava; ele sussurrava. Chamava por algo ancestral, como se o próprio planeta me observasse.Chegamos em um cargueiro clandestino, alugado por um contato antigo de Abel. O homem se chamava "Bren", mas duvidava que fosse seu nome real. Tinha um olho de vidro e um braço mecânico, ambos funcionando melhor do que o resto do corpo. Ele nos deixou a mil quilômetros da costa, onde o radar não detectava.De lá em diante, fomos em motoneves modificadas, armados com pouco mais que rações congeladas, mapas manuais e um código.Código: Alvorada Fractal.Era tudo o que Mina deixara codificado no colar. Elyan descobriu que, quando digitado num servidor quântico, o código apontava coordenadas — 82.8662° S, 135.0000° E.Ali, entre placas tectônicas adormecidas e geleiras eternas, existia algo chamado Echelon Zero.Mas isso
Ler mais