Naquela noite, Isadora voltou para casa em silêncio. Nem mesmo o som da cidade parecia alcançá-la. Fechou a porta do apartamento como quem encerra um capítulo — ou, talvez, como quem tenta proteger o coração de novos danos.Sentou-se no sofá, largou a bolsa no chão e ficou ali, imóvel, olhando para o nada. As palavras ditas mais cedo reverberavam como trovões em sua mente.“Então por que você me apagou?”Era uma ferida aberta. E a ausência de resposta foi sal como castigo.Isadora se odiava por se importar. Mas a verdade é que o fim de semana com Lorenzo havia quebrado suas defesas. Ela sentiu o que sempre julgou impossível com um homem como ele. E agora, tudo o que restava era um vácuo — ele estava perto, mas inalcançável. Presente, mas ausente.Na manhã seguinte, decidiu ignorá-lo. Chegou cedo, mergulhou no trabalho e evitou qualquer chance de cruzar com ele. Se Lorenzo queria profissionalismo, teria. Frio, técnico, impenetrável.Mas o destino, esse enxerido, não gosta de ser ignora
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