No caminho de volta da instalação secreta, o silêncio no carro era denso. Amanda observava atenta pelos espelhos retrovisores, seus olhos frios captando cada movimento suspeito. Foi então que falou com firmeza:— "João, para o carro."João franziu o cenho, surpreso com o tom dela.— "O que foi?" — perguntou, desacelerando.Amanda não tirou os olhos do retrovisor.— "Temos companhia. Aquele carro preto, três carros atrás, está com os faróis apagados desde que saímos. E fez cada curva que fizemos."João olhou rapidamente pelo espelho lateral e viu o veículo suspeito. Ele já havia aprendido a não duvidar da percepção de Amanda.— "Então vamos fazer um teste." — disse ele, ligando a seta para a direita e entrando numa rua sem saída propositalmente.O carro misterioso hesitou, mas depois virou na mesma direção. Os faróis continuavam apagados.— "Confirmado." — murmurou João, apertando o volante.Amanda já sacava do celular, enviando uma mensagem codificada ao grupo secreto que liderava. Em

oão assentiu, ainda sem saber exatamente para onde iam.Durante o trajeto, ele tentava captar pistas no olhar dela. Amanda estava mais séria do que o normal — serena, mas introspectiva, como quem carregava nas palavras o peso de uma decisão rara.Chegaram ao galpão antigo, afastado da cidade, onde Amanda costumava se encontrar com seu grupo. Os homens da segurança abriram o portão de aço sem questionar, reconhecendo o carro e, principalmente, o olhar frio da vice-presidente da Duarte Holdings — ou, como alguns ali preferiam chamar, a comandante.— "João, me acompanhe." — disse Amanda, com voz neutra, já andando pelo corredor estreito e silencioso que levava à sala de operações.Ele foi atrás, mais curioso que preocupado, até que a porta se abriu e revelou o interior da sala secreta. Painéis com mapas, computadores de alta performance, arquivos criptografados. Sentados ao redor da mesa circular, os membros do grupo secreto a esperavam. Entre eles, Sanlei, Emil e Samira — esta última de