O salão se aquietou quando Georgiana subiu ao palco mais uma vez, com a mesma graça com que conduzia os eventos mais exclusivos da capital. As luzes se suavizaram, projetando um foco dramático sobre o próximo item coberto por veludo claro. Havia expectativa no ar — como se todos sentissem que o melhor, ou o mais simbólico, viria por último.— Senhoras e senhores — começou Georgiana, com um sorriso calculado —, encerramos nossa noite com uma peça única. Uma escultura em mármore, chamada La Madre.O pano foi retirado com elegância, revelando uma figura pequena, delicada, mas poderosa. Uma mulher grávida, sentada, com a cabeça levemente inclinada para o horizonte. Os traços eram suaves, quase etéreos.— Uma obra sobre a força que molda o mundo. A mãe que gera o futuro mesmo em meio ao caos. Sacrifício, amor, esperança. La Madre não apenas representa a beleza da criação, mas também o fardo silencioso de proteger o que ainda não nasceu.Um murmúrio reverente percorreu o salão.Isadora não
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