Luna puxou o braço de Leonel com força, os olhos arregalados fitando o espelho no fim do corredor. A silhueta que vira segundos antes desaparecera — como fumaça em meio à escuridão. O coração dela batia como um tambor em frenesi, enquanto um arrepio gelado descia por sua espinha.
— Alguém estava ali — sussurrou ela, a voz trêmula, mal conseguindo formar as palavras. — Eu juro, Leonel. Alguém estava nos observando.
Leonel se aproximou do espelho, os olhos atentos varrendo cada detalhe. A moldura era antiga, ricamente entalhada em madeira escura, ornada com arabescos que pareciam esconder algo mais. Ele passou a mão pela borda, como se esperasse que o espelho revelasse alguma resposta mágica. Mas era só vidro e madeira... à primeira vista.
— Esse espelho não é só decorativo. Deve haver uma passagem — murmurou ele.
Lentamente, pressionou um ponto onde os desenhos se entrelaçavam. Um clique metálico soou, sutil, quase inaudível. A parede atrás do espelho estremeceu com um rangido seco, re