A chuva caía fina, insistente, enquanto Luna e Leonel deixavam a pousada no início da manhã seguinte. O céu acinzentado parecia refletir o peso que ambos carregavam. O pen drive — agora guardado em uma caixa metálica, escondida sob o banco do carro — não era apenas uma prova. Era uma bomba. E estava prestes a explodir no centro do império Bragança.
— Vamos direto para o Rafael? — perguntou Luna, sem desviar os olhos da estrada. A voz dela estava firme, mas os dedos sobre o colo denunciavam tensão.
— Vamos — respondeu Leonel, dirigindo com atenção. — Ele marcou com um jornalista investigativo. Um dos poucos que não tem rabo preso com a família Bragança. Mas precisamos ser rápidos. César já deve ter percebido que perdeu o controle da situação.
Luna respirou fundo, tentando conter o frio que lhe subia pela espinha. Não era medo. Era antecipação. Uma sensação inquieta de que o mundo estava prestes a mudar… e ela seria o estopim dessa mudança.
Horas depois, já na cobertura de Rafael, eles