O céu daquela noite estava pesado, coberto por nuvens que engoliam a lua como se quisessem escondê-la dos olhos dos lobos. Aurora caminhava pelo salão da fortaleza, inquieta. Desde o retorno da Lua Negra às sombras do território, algo nela vibrava como um tambor distante. O sangue proibido em suas veias não se calava; avisava.Darius, por sua vez, estava no alto da muralha, vigiando. O instinto de alfa nunca havia falhado, mas, desde que Aurora voltara marcada pela lua e Caelum nascera, seus sentidos estavam mais aguçados. A cada rajada de vento que cortava a noite, sentia como se uma ameaça espreitasse.Caelum dormia em seu quarto, ao lado de Lyra, que se aconchegara como fazia sempre que passava a noite na fortaleza. O filhote crescia rápido demais, mais do que qualquer outro lobo antes dele, e isso deixava todos em alerta. Mas, naquele momento, ele parecia apenas uma criança: respirando fundo, abraçado ao travesseiro, inocente.Aurora entrou no quarto e ficou parada por longos minu
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