O vento naquela noite não parecia normal. Ele soprava com força, trazendo o cheiro de terra úmida e algo metálico, quase como sangue. A fortaleza estava em silêncio, mas era o tipo de silêncio que antecede uma tempestade.
Caelum, deitado em sua cama, não conseguia dormir. Seu poder havia crescido de forma assustadora nas últimas semanas. Agora, ele não apenas sentia intenções, mas conseguia pressenti-las como ecos, sussurros invisíveis no ar. E naquela noite, eles eram altos demais para serem ignorados.
Eles estão vindo.
Não sabia exatamente quem, mas tinha certeza de que não eram amigos.
Ele se levantou devagar, tentando não acordar os pais no quarto ao lado. Mas, como se fosse impossível esconder algo deles, Aurora apareceu na porta antes que ele pudesse dar um passo para fora.
— Caelum… o que você está sentindo? — a voz dela estava calma, mas os olhos denunciavam a apreensão.
Darius surgiu logo atrás, já vestindo a expressão séria de alfa.
— Fala comigo, filho.
Caelum respirou fund