O sol ainda nascia tímido sobre os campos que cercavam a fortaleza da matilha quando Aurora acordou com o som suave de risadas ecoando pelo corredor. O instinto materno a fez erguer-se imediatamente, mas antes que pudesse vestir o manto, a porta se abriu e Caelum entrou correndo, os cabelos desgrenhados, os olhos brilhando de alegria.
— Mãe! Pai! — exclamou, ofegante. — Vocês não vão acreditar!
Darius, que ainda se espreguiçava na cama, arqueou uma sobrancelha.
— O que aconteceu agora, filhote? Já derrotou todos os guerreiros da guarda de treino outra vez?
Caelum riu, mas balançou a cabeça.
— Não! É que… hoje a professora disse que vou começar a aprender a história da matilha. Ela disse que eu tenho sangue de reis… — ele fez uma pausa dramática, apontando para si mesmo — e que um dia eu posso ser rei também.
Aurora sorriu, o coração aquecido por aquele entusiasmo infantil.
— Você já é o nosso pequeno príncipe — respondeu, puxando-o para se aninhar entre ela e Darius na cama. — Mas não