O salão de pedra abaixo da fortaleza não era usado há décadas. Ali, o chão era marcado com símbolos antigos, e o ar carregava o cheiro de ferro e terra úmida — o lugar onde os grandes guerreiros da Matilha da Lua Negra e da Alcateia da Tempestade foram treinados.
E era lá que Caelum e Liora agora se encontravam todas as noites.
— “A primeira lição,” — dizia Aurora, enquanto caminhava ao redor dos dois — “não é sobre como vencer. É sobre como sentir.”
Ela parava atrás de Caelum.
— “Você sabe quando um lobo mente, filho. Mas sabe reconhecer quando ele tem medo de si mesmo?”
Caelum engoliu em seco.
— “Ainda não.”
Aurora sorriu de lado.
— “Então comece.”
Do outro lado do salão, Darius observava Liora com atenção. A menina estava parada em posição de guarda, os olhos fixos, o corpo rígido.
— “Você está esperando o ataque,” — disse ele. — “Mas e se ele não vier com garras? E se vier com palavras? E se a ameaça for você mesma?”
Liora franziu o cenho.
— “Eu não temo a mim.”
Darius sorriu de l