O vento cortava a floresta como lâminas finas. Caelum e Liora avançavam entre os troncos antigos, silenciosos, cada passo calculado. Aurora e Darius os haviam observado de longe, garantindo que nada realmente perigoso os alcançasse — mas também deixando que sentissem o peso do mundo pela primeira vez.
— “Lembrem-se,” — disse Aurora, com os olhos como brasas de cautela — “isto é só um teste. Mas tratem como se fosse real. Cada som, cada cheiro, cada sombra pode significar vida ou morte.”
— “Sim, mãe,” — respondeu Caelum, com o coração batendo rápido. Ele já não era mais apenas um filhote tímido; o instinto de lobo e a conexão com os dons começavam a surgir, queimando dentro dele.
Liora assentiu ao lado dele, olhos fixos adiante, dedos tocando a adaga leve que carregava. Não falavam. Não precisavam. Entre eles havia algo silencioso, quase sobrenatural, que os mantinha sincronizados.
O objetivo era simples: investigar sinais de predadores perturbando a floresta próxima à fortaleza. Um ex