O vento da noite soprava suavemente do lado de fora, mas dentro da fortaleza, o calor vinha de outro lugar. Caelum estava encolhido no tapete macio da sala principal, rodeado por livros e pergaminhos que mal conseguia ler, e Liora já dormia na cama de hóspedes — era a única noite tranquila desde a primeira missão.
Aurora entrou com um sorriso cansado, mas doce, carregando uma bandeja com chá quente e biscoitos que ela mesma preparara.
— “Olha só quem está estudando até tarde,” — disse ela, inclinando-se sobre o filho. — “Vai virar um sábio antes de virar um lobo de verdade.”
Caelum ergueu os olhos, cansado, mas um sorriso tímido surgiu no rosto.
— “Eu só queria aprender,” — murmurou, quase sem força.
Darius entrou logo depois, os braços cruzados, mas com os olhos brilhando de ternura. Na mão, trazia uma pequena caixa de madeira.
— “E eu trouxe algo,” — disse, ajoelhando-se ao lado do tapete. — “Para o nosso pequeno lobo. Mas só se você prometer que vai comer um biscoito primeiro.”
Cae