O céu ainda estava cinza quando deixamos o hotel rumo ao aeroporto. Giulia dormia em meus braços, o rostinho encostado em meu ombro, o corpo mais quente do que o normal. Acordou reclamando de dor de cabeça e eu senti aquela fisgada no estômago que só quem é pai entende.Isabela, ao meu lado, segurava a mochila da Giulia e a minha bagagem de mão, atenta a cada pequeno sinal da menina.— Pode ser só algo que ela comeu ontem — ela disse baixinho, colocando uma mecha do cabelo atrás da orelha. — Ela não teve febre à noite, né?Balancei a cabeça. — Não. Dormiu feito um anjinho. Mas agora… — Suspirei. A testa de Giulia parecia em brasa. — Assim que a gente pousar, vamos direto para o hospital.Isa assentiu e apertou meu braço com carinho. O toque dela era como uma âncora no meio da minha ansiedade.Ao chegar no aeroporto, o movimento já era intenso. Eu ajeitei melhor Giulia no colo, tentando protegê-la da confusão, enquanto Isa foi buscar os bilhetes no guichê. Mesmo febril, Giulia mantinha
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