Narração: Sara Lima VasconcelosDepois de um sexo digno de final de novela — aquele que a gente faz mais com raiva do que com amor — eu tava ali, deitada no peito dele.E sim, fazendo conchinha.Eu odeio admitir, mas o cafuné dele mexe comigo. Me deixa mole, tipo pudim fora da geladeira.— Não sei o que está acontecendo, mas se você quiser me dizer algo, Sara, me diz, hein.Ele falou isso olhando pro teto, como quem tá cansado de fugir de si mesmo.Mas ó: não é hoje que eu vou abrir a caixa de Pandora.— O que você mais gosta em mim?Sim, soltei essa. Do nada. Só pra testar. Porque, né? Homem quando ama, sabe responder.Ou pelo menos tenta.— Ah, esposa, não sei... tudo!Tuuuuudo, ele disse. Genérico. Safado. Preguiçoso. Reprovado.Se fosse prova oral, já tinha rodado na primeira pergunta.— Não! Tem que ter uma coisa que você gosta mais!Cruzando os braços aqui, mesmo deitada. Ouvindo com o juízo e o fígado.— Gosto do seu sorriso, da sua voz... porque ela não é nada chata, né?(risa
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