Capitulo Um

Quente... Aqui está muito quente!

Abro meus olhos e vejo algo brilhante, um brilho muito bonito, tenho vontade de tocá-lo. Eu vou tocá-lo!

Estico minha mão e a coloco sobre um ponto do brilho e constato que o calor emana dele. É quente, mas não queima; parece ser algo possível de segurar, no entanto não consigo, minha mão passa direto pelo brilho vermelho.Um sentimento ruim se faz presente, acho que estou frustrado, não entendo como sei definir, contudo eu sei exatamente o que estou sentindo. Agora, por que não consigo segurá-lo? Por que ele é quente, mas não queima? E, o que é esse brilho? Por que eu não sei?

— Anael, meu filho. - escuto uma voz bem alta, mas de soranidade tão doce.

Olho na direção que vem o som e não consigo ver de primeira, o brilho lá é mais forte que esse brilho aqui, e diferente do daqui que é vermelho, o de lá é branco… Pisco várias vezes meus olhos, e esfrego os mesmo com as palmas de minhas mãos até que consigo enxergar:

Um alto, muito alto, corpo brilhante e que está todo de branco, e ao seu redor tem vários outros corpos, apenas um pouco mais baixos que o corpo alto, brilhante e branco.

— Levante-se Anael!- esse som vem do corpo de maior destaque.

Anael?

Quem é Anael?

Será que este ser está falando comigo?

— Sim! É contigo mesmo Anael.

O corpo de maior destaque fala como se soubesse exatamente o que estou a pensar.

Não digo nada, minha boca parece está colada e ressecada, então, apenas me apoio em meus braços enquanto firmar minhas pernas no chão; ao sentir que estou firme, retiro minhas mãos do chão e apoio-me apenas em minhas pernas que logo que firmo dão uma leve tremida.

Depois de me certificar que não estou mais tremendo tentou movê-las e me desequilibro quase caindo no chão, não chegou a cair porque um dos corpos que estava junto ao corpo de destaque me ampara com suas mãos.

—Uma de cada vez diz o corpo e me ajuda a sair do local quente e de cor vermelha.

Nos primeiros passos sinto minhas pernas tremerem e quererem fraquejar, mas o corpo (um pouco maior que eu) me ajuda e juntos nos aproximamos do grande corpo de destaque.

— Seja bem vindo à vida Anael, aquele que tem a minha graça tento olhá-lo, mas o brilho de sua face é tão forte que imediatamente fecho meus olhos, pisco algumas vezes e depois de alguns segundos finalmente consigo olhá-lo.

— O… Obrig… Obrigado mesmo gaguejando consigo falar pela primeira vez; minha voz sai grave e rouca.

— Este Anael, é Suriel, ele ficará responsável por você até estar pronto para a sua missão meu filho sua voz me transmite um sentimento de paz.. É tão bom!

Dito isso o ser de destaque some do nada, e eu abro bem meus olhos. Como ele fez isso?

—Venha Anael fala Suriel e me ajuda a andar novamente.

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