A lua cheia ainda reinava no céu quando Kael acordou, o calor do corpo de Lírica confortando-o. O cheiro dela misturava-se ao aroma da floresta, e por um instante, ele se permitiu esquecer a guerra e o sangue que ainda manchava o solo. Mas a realidade logo o alcançou.
Ele deslizou os dedos pela pele dela, observando seu rosto sereno enquanto dormia. Lírica era sua força, sua âncora. Mas o que havia acontecido com Gregor não parecia um fim definitivo. Algo dentro dele murmurava um aviso sombrio.
Suavemente, ele se afastou e vestiu suas roupas. Ao sair da tenda improvisada, o frio da madrugada o envolveu. O acampamento estava silencioso, apenas os sons da floresta quebravam a quietude.
Kael não sabia dizer por que, mas sentia que estavam sendo observados.
O Chamado da Sombra
Malthus estava sentado perto da fogueira quase apagada, traçando símbolos na terra. O mago ergueu os olhos ao ver Kael se aproximar.
— Você também sentiu, não foi? — Malthus perguntou sem rodeios.
Kael franziu a tes