capítulo 54 Território de guerra, aliança de sangue.
Antero
Certo... já entendi. Vou ter que abrir mão do meu ciúme pelo bem da minha companheira. Eu tenho quase 300 anos, e ela... 24. Isso é praticamente um filhote! Respirei fundo e decidi: vou atrás dela no abrigo. Precisamos conversar. Colocar os pingos nos is. Só que antes de chegar lá, fui interceptado por ninguém menos que minha sogra — dona Lêda. Inteligente, sagaz... e claramente desconfiada.
Ela me convidou pra um café. Claro. O famoso “café da verdade”. Já devia ter percebido que a filha está mais no abrigo do que em casa. E como toda boa mãe, fez suas conclusões.
Ela me serviu um café forte, daqueles que fazem o lobo acordar até no osso, colocou uns petiscos na mesa e foi direto ao ponto:
— Está tudo bem com vocês, Antero?
— Está sim, dona Lêda. Pode ficar tranquila. Somos recém-casados, mas tenho minhas obrigações... E a Lívia já está acostumada com as demandas do abrigo. Não quero forçá-la a deixar um projeto que ela crioucom tanto amor. Ela já se afastou do Conselho