— O que faz aqui? Pensei que estaria na Vivian. — Ele nem consegue disfarçar que há algo muito errado
— Eu não fui pai.
A sua postura se tornou ainda mais rígida.
— Eu ouvi tudo pai. Tudo! — soltei de uma só vez. Dei ênfase no “tudo”.
— Eu sinto muito minha querida. — O pesar suave vem do outro lado da sala. A minha mãe. Ela estava aqui o tempo todo?
Me virei e a encarei. Ela estava sentada do outro lado do escritório. Em silêncio, olhos inchados, provavelmente de tanto chorar.
— Como assim sente muito, mãe? Você estava aqui o tempo todo? Você sabia? — Minha voz ficou baixa novamente.
Ela prende os lábios tensos sobre o dente.
— A gente não está tão bem quanto você pensa.
Algo em meu peito aperta e torce violentamente.
— Agora eu não acho nada mãe. — Eu tremo quando minha voz ecoa. — Não depois de ter ouvido oque eu ouvi.
— Querida, eu sinto muito, esse não é o jeito certo para você descobrir tudo — Ela ia chorar de novo? A sua voz estava trêmula.
Meu pai jogo