— Aproveite que ela não está. — Ele fala.
— Do que está falando? — Questiono, descendo dois degraus.
— Não se faça de burra. — Diz com arrogância.
— Eu não sei do que fala. — Devolvo no mesmo tom. — Me ilumine. — Reviro os olhos passando o cesto para o primeiro degrau e me aproximando mais dele.
— É visível que não quer estar aqui. Não precisa mais fingir. — Ele ergueu sua sobrancelha esculpida para mim.
— Sério? Você acha que não gostaria de estar aqui?! Se eu não quisesse, eu não estaria. — Afirmo.
— Olha... — Ele solta um sorriso sínico. — Onde você pensa que chegará com isso? Agindo como a boa samaritana, servindo chá, recolhendo roupas.... Vestida desse jeito. — Sua voz é amarga.
Espio rápido minha roupa. Estou vestindo uma blusa cinza, escrita “NO BOYS” que bate na altura da minha coxa, e um short jeans pouco a baixo da blusa e chinelos de unicórnio. Meu cabelo é um coque bagunçado e não tenho alguma maquiagem.
— Qual o problema?! — Rebato.
— Voc