Alfonzo estava furioso, ele sempre se gabou de sua honestidade, para os outros ele era prodígio nos negócios um cara acima de qualquer suspeita, para as mulheres um homem formidável. Só Fanny sabia exatamente quem ele era, conhecia cada defeito seu, todas as suas máscaras. Ela assistia “na primeira fila” o começo da derrocada de Alfonzo, embora ela tivesse passado as informações para Bryan, ela sozinha não teria conseguido um trabalho tão bom ao que estava, agora, assistindo, enquanto tomava seu vinho favorito. Ver Alfonzo sendo empurrado e questionado pelos jornalistas foi muito prazeroso, o doce sabor da vingança, aquele era só o começo, ela esperava que Bryan e Rafael fizessem muito mais e no que dependesse dela, ela os ajudariam. Dizem que a vingança é algo que se como frio, pode ser, ela esperou muito por aquele momento, mas ele não podia ter vindo em momento melhor, agora que ela tinha conseguido se curar da “cegueira” que pairou sobre ela no tempo em que esteve com Alfonz
Havia um silencio, ensurdecedor, a impressão que cada um tinha era que podia ouvir a própria respiração. As duas garotas se encolheram em um canto, agora não viam mais a luz por baixo da porta, mas ouviam os passos tímidos do homem que as vigiavam. - Quem está ai? O homem gritou, depois de um tempo. Agora, sem a luz, não conseguiam vê-lo com clareza, apenas percebiam seus movimentos, Bryan arriscou e atirou. Pah! - Argh! O homem gemeu revidando. -Pah! Pah! Antes que pudessem atirar Alfonzo e seus homens ouviram os tiros ao longe. - Eles estão ai, droga! Alfonzo disse esmurrando o painel do carro a sua frente. - O que faremos? Perguntou, com medo, o motorista. - Vamos esperar, terão que passar por aqui. Alfonzo disse friamente. Ele tinha razão os carros estavam lá, não tinha outra saída. O homem ferido no ombro, se escondeu atrás de um amontoado de madeira, ele rezava para que seu chefe chegasse logo, ele estava sozinho e apenas com dias armas curtas. Bryan at
Bryan mesmo na penumbra do carro notou que ela parecia pálida apesar do rosto um pouco sujo de pó.- Giulia? Giulia? Ele a chamou enquanto a chacoalhava de leve, segurando seus ombros.- O que houve? Rafael perguntou preocupado ao ouvir Bryan, ele estava estacionando o carro.Isabelle também soltou o cinto se virando para trás para ver o que havia acontecido.- O que aconteceu com vocês? Bryan perguntou desesperado.- O que você quer saber? Fomos levadas da loja colocadas em um carro, depois nos entregaram aos homens de Alfonzo, amarraram nossas mãos e nos trancaram naquele celeiro depois vocês chegaram.- Vamos ao hospital, procure por um hospital mais próximo. Rafael entregou seu celular a Isabelle que imediatamente começou a procurar por um hospital pelo GPS.Em poucos minutos ela encontrou um hospital não muito longe de onde eles estavam, Rafael seguindo a rota fornecida pelo aparelho.Giulia continuava imóvel, parecia mal respirar, nos braços de Bryan que estava suando em aflição
Ele dirigiu até o hospital e quando entrou chamou atenção de todos, inclusive de Rafael e Isabelle, que já o tinham visto vestido daquela forma, muitas vezes , mas ele parecia diferente.- Como ela está? Ele perguntou se aproximando de Giulia e tocando seu rosto, sua estava voltando, mas ela ainda parecia dormir profundamente.Estava ainda entubada, aquele barulho do aparelho era como uma agulha afiada que espetava seu cérebro de Bryan.-Ela vai se recuperar o médico garantiu. Isabelle foi até ele e o abraçou, era a primeira vez que ela o via tão triste.- Fiquem aqui até que eu volte, não a deixem sozinha. Ele pediu.- Onde você está indo? O que você vai fazer? Posso ir com você! Rafael disse colocando a mão em seu ombro.- Não se preocupe, apenas cuide delas. Bryan disse saindo.- Bryan espere! Isabelle gritou vendo-o sair, ela estava preocupada nunca o viu daquele jeito.Bryan a ouviu, mas continuou andando, tinha muito o que fazer ainda.Perto das cinco ele foi até o local esco
Os dois rolaram no chão. -Me dê o arquivo, me diga quem te entregou isso. Alfonzo dizia enquanto segurava os braços de Bryan. - Não se preocupe com as imagens, ela está ao vivo nos telões que mandei colocar no centro de sua cidade na Sicília. - O que? Alfonzo estava atônito, não podia acreditar. - Isso que você ouviu, essas imagens estão passando agora lá na Sicília os jornalistas já devem estar correndo com as câmeras para fazer as imagens para o noticiário das nove. Bryan disse olhando nos olhos de Alfonzo. - É mentira! Alfonzo berrou se virando sobre Bryan e apertando seu pescoço com as duas mãos. - Vou acabar com você Curioni e depois com Rafael e aquela vadia da sua irmã. Bryan segurou os braços de Alfonzo com força levantou o corpo dando-lhe uma cabeçada. Alfonzo ficou um pouco zonzo, afrouxando a pegada, Bryan forçou o braço dele tirando-o de seu pescoço. Alfonzo voltou a si e tentou golpear Bryan, que com um movimento de pernas o tirou de cima dele. B
Bryan foi levado para sala de cirurgia, os médicos não faziam ideia do que tinha acontecido, só viam sangue, não conseguindo nem identificar de onde, exatamente, ele estava saindo. Isabelle estava aos prantos amparada por Rafael que a abraçava, sua roupa também estava suja com o sangue de Bryan. Giulia em seus devaneios parecia ter ouvido a voz de Bryan tão distante, ele parecia dizer que a amava, ela tentava encontrá-lo em um jardim, de repente ela ouviu gritos e muito barulho, ela se assustou no sonho que era tão bom, tão real. O barulho a tirou daquele sono, ela abriu os olhos devagar, mas a luz a incomodava. Com os olhos fechados tentou falar, mas apenas um leve gemido saiu. Ela estava sozinha no quarto, pois Rafael e Isabelle saíram apressados atrás da maca que levou Bryan, apenas o segurança, que já estava na porta do quarto, ficou para fazer sua segurança. Uma aflição tomou conta de seu coração, tentou levantar os braços, mas algo a impedia, era como se não esti
As horas pareciam uma eternidade, a cabeça de Edgard estava a mil e Alana rezava aflita, eles já tinham ido ver Giulia, olhar a garota naquela situação e saber que Bryan estava dentro daquela sala lutando pela vida por causa de Alfonzo fazia o sangue de Edgard ferver. Os pais de Alfonzo procuravam por ele, não faziam ideia que ele estava em um hospital de Lisboa, por pouco ele não foi parar no mesmo hospital onde Bryan e Giulia estavam, um de seus homens o avisou. A situação de Alfonzo também não estava fácil, ele perdeu sangue e teve seu intestino perfurado, era uma cirurgia grande e arriscada. Antes de ser sedado para a cirurgia ele já tinha pedido para seu segurança procurar por um bom cirurgião plástico, pois Bryan havia cortado seu rosto. A família de Fanny mandou um vídeo do telão mostrando Alfonzo atirando nos dois membros de seu clã. Ela se lembrou do show que ele deu acusando os membros do outro clã de tê-los matado, acabou que os homens, inocentes, foram executados
Giulia olhou para a mãe, tentando esconder sua frustração. - Preciso voltar para a faculdade e o hospital. Ela disse com um pouco de dificuldade, na verdade ela queria procurar por Bryan, não queria voltar sem falar com ele. - Não se preocupe com isso, sua saúde é mais importante, agora descanse, vou comprar-lhe roupas. Judite saiu assim que Giulia se deitou, ela encontrou Luigi com a família Curioni. Quando a viu chegar Alana se levantou. - Como Giulia está? Perguntou a amiga, que a abraçou com força. - Giulia está bem melhor e Bryan? - Estamos esperando. Alana disse saindo do abraço. - Ele vai se recuperar logo é um homem muito forte, virei mais tarde para ficar com você, preciso comprar umas peças de roupas para Giulia, ela tomou banho e está só com a camisola do hospital. Judite disse olhando para Luigi. - Porque vocês três não vão com o motorista e passam no apartamento de Isabelle, descansem um pouco, nós ficaremos aqui para cuidar dos dois. Rafael disse olhando para Is