Angeline se virou na cama, batendo contra algo firme. A cabeça latejava, pesada, e a penumbra do quarto só aumentava a sensação de confusão. As cortinas grossas bloqueavam a luz do amanhecer, e ela piscou algumas vezes, tentando se situar.
Olhou para suas roupas ainda vestidas e percebeu Marco dormindo ao lado dela, apenas com a calça de um pijama azul-marinho. O peito nu próximo dela a fazia prender a respiração. Ela se levantou devagar, tentando não acordá-lo, mas antes que pudesse dar um passo, uma mão firme agarrou seu pulso.
— Você já acordou? Onde está meu bom dia? Os olhos azuis de Marco a encaravam, intensos, penetrantes.
— Eu… bom dia… Gaguejou, sentindo o coração disparar. — Preciso ir, meu pai pode estar preocupado.
— Somos noivos, Angeline, casaremos no fim do proximo mês. Se está comigo, está segura. Seu pai sabe disso.
— Mas…
— Tem medo de que pensem que dormimos juntos? Aproximou-se, tocando seu rosto suavemente, sem deixar de transmitir autoridade.
— Marco, este noivad